categorias: Moda Moda e arte

ADDIO, ANNA PIAGGI!

Todo mundo já sabe que perdemos mais um ícone do mundinho fashion nesta quarta-feira, 8, em Milão. Mas você sabe quem, afinal de contas, era Anna Piaggi? Apenas uma editora de moda?? Qual foi sua contribuição para a história da indumentária?

Nascida em Milão, em 1931, Anna começou a trabalhar, vejam só, como tradutora do grupo Mondadori. Lá conheceu seu marido, o fotógrafo Alfa Castaldi (falecido em 1995). Sua entrada para o mundo da moda foi marcada por suas matérias assinadas para as revistas Adrianna, Vanity e Panorama, antes de entrar para a Vogue Itália nos anos 70, onde contribuiu com sua colaboração mais duradoura.

Anna foi um ícone do surrealismo e da extravagância dos anos 60, se destacando por sua forte personalidade expressa por meio de suas roupas e acessórios (pois é, Lady Gaga não foi a pioneira em bizarrices). Bizarrices, no entanto, que influenciaram e ajudaram a enriquecer nosso jeito de nos vestir até hoje, com seu talento para criar editoriais em revistas e outros meios de veiculação.

 Admirada por estilistas conceituados como a principal inspiração da fashionland, Anna jamais dispensou inusitados chapéus, make das mais extravagantes e cabelos coloridos, até o fim de sua vida – a idade não foi um empecilho para que ela abandonasse seu jeito favorito de se mostrar ao mundo.

 A editora de moda italiana desvendou um glamour punk à sua maneira e tornou-se uma colecionadora de moda. O museu britânico Victoria & Albert, em 2006, abriu uma exposição detalhando ricamente o estilo de Anna Piaggi. Ao falecer, Anna deixou quase 3 mil vestidos e cerca de 260 pares de sapatos em seu closet de luxo.
 Uma perda e tanto para o mundo da moda, mas uma grande lenda que entrou para a história.
 
por Marcéli Paulino