Hoje o post de dança é post de filme, que se mistura com dança.Finalmente, entendi um pouquinho do que poderia ter sido o Dzi Croquettes, vendo o filme-documentário de Tatiana Issa e Raphael Alvarez. Fazia muito tempo que queria ver o filme, e só tive a oportunidade de assistir essa semana.Não é segredo pra ninguém que fiz faculdade de dança. Durante as aulas de Regina Muller(Dzi Croquetta) sempre ouvi falar desse grupo, mas as palavras da Regina não davam contam de explicar. Sua figura dizia muito e ainda diz…
“Nem homem, nem mulher. Gente!” essa frase é slogan do grupo…Homens que se apresentavam com figurinos glamourosos: penas, saias, sapatos altos, muita purpurina e cílios postiços…
Minha amiga @anarogersx , me disse depois de ver o filme: Eram libertários… Muito a frente do NOSSO tempo….Hoje já seria uma loucura…Imagina anos 70/80? #DziCroquettes. Não é que ela tem razão, seria impensável hoje, porque nós nos enquadramos…Perdemos a ousadia quando todo mundo resolve agir igual, usar a mesma saia, as bolsas do momento, o corte de cabelo da moda, sem pensar se “combinam” conosco. Muitas vezes simplesmente reproduzimos, penas.
Os Dzi Croquettes não reproduziram, pelo contrário criaram novos paradgimas para sua arte. Sua forma de se comunicar com o mundo por uma dança de cabaré que transcendeu a sua época, e influenciou uma gama enorme de artistas.Porém, o mais importante desse grupo é a sutileza e a poesia que “virar purpurina” significa. Só vendo o filme para saber.