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Entrevista: Susana Barbosa e o Projeto Fashion


Hoje vamos conversar com uma das maiores editoras de moda do país, Susana Barbosa da revista Elle.

Susana tem entrado nas casas dos espectadores brasileiros, todos os sábados, às 22h20,( com reapresentação às terças, às 20h25) através do Programa “Projeto Fashion” que é apresentado na Band.

O Projeto Fashion é a versão brasileira do programa Project Runway, apresentado porHeidi Klum e Tim Gunn. O programa é um reality-show em que 12 estilistas competem pela chance de ser a revelação da moda no país.

Alfinetes de Morango ,com exclusividade, teve uma conversa com a Susana Barbosa sobre a participação dela e da Elle Brasil, no programa.

A.M. : Como surgiu o convite para participar do Projeto Fashion?

Susana Barbosa: Da minha parte foi assim: recebi um e-mail da produção do programa perguntando se eu tinha interesse. Como tive uma pequena experiência anterior em TV, por conta do It MTV ELLE Fashion Fabric, me interessei. Encaminhei para a direção da ELLE. A partir daí, foi feita a negociação. O fato é que a revista é a parceira oficial do programa. Um dos prêmios, inclusive, é a capa da ELLE.

A.M.: O que você acha que o Projeto Fashion pode contribuir para a moda no Brasil?

Susana Barbosa: Acho importante que a moda seja hoje assunto de interesse da TV aberta, que é muito mais abrangente em termos de audiência. Sinal de que sua importância está sendo afirmada ainda mais e de forma mais ampla. As novelas costumam mostrar esse universo de um jeito mais estereotipado e o Projeto Fashion tem outro viés. É uma competição entre estilistas com direito a um prêmio bem interessante no final, além de muita visibilidade.

De certa forma, mostra um pouco para os leigos como tem trabalho duro por trás do glamour da moda. Os estilistas do programa têm que costurar, trabalhar sobre pressão, enfrentar a competitividade entre eles e, no fim, ainda receber críticas dos jurados que podem ser  positivas ou bem duras. Enfim, uma pequena amostra de como é a vida nesse competitivo mercado. Não podemos esquecer que é um programa de entretenimento, um reality show, portanto dificilmente vai transformar a indústria da moda. Se algum dos estilistas que passarem por ali conseguirem prosperar, já é ótimo.

A.M.:Como você vê a importância da sua participação no Projeto Fashion, como editora de moda de uma das mais importantes revistas do Brasil?

Susana Barbosa:Fico feliz de participar desse projeto ao lado de nomes que eu respeito como Reinaldo Lourenço e Alexandre Herchcovitch. Sem contar vários outros jurados do primeiro time da moda brasileira que farão parte dos episódios que estão por vir. Tenho 15 anos de moda e sei muito bem onde estou, porque estou e o que tenho a dizer. No programa faço o meu papel. Os estilistas entendem a dinâmica do programa e tiram proveito positivo das nossas observações. Tanto que alguns vão evoluindo ao longo do programa. No mais, eu encaro com leveza e humor e vou levando esse desafio, que é me aventurar na TV, e me expor dessa forma. Às vezes fico assustada com a repercussão, afinal não sou uma celebridade.

A.M. Para os futuros estilistas que querem trabalhar na indústria moda, quais seus conselhos, qual é a formação e quais cursos você considera importante para aperfeiçoamento?

Susana Barbosa:Acho que, além da faculdade, é muito importante trabalhar como assistente de algum estilista grande, já consolidado. Essa prática que é adquirida no dia a dia, é fundamental em qualquer profissão e uma boa porta de entrada no mercado. Se puder morar fora e estudar numa grande escola de moda, melhor. Independentemente de uma formação acadêmica, é importante estudar sempre, conhecer a história da moda, saber olhar para o passado e também para o que é novo. É importante também não copiar. O mundo hoje é para quem tem personalidade própria e a cópia em tempos de internet funciona como um tiro no pé.

Gostaria de agradecer imensamente a disponibilidade e a simpatia da Susana Barbosa. Obrigada pela entrevista. Nossos agradecimentos se estendem a assessoria  Flavia Tartarella- MKTMIX.

Obs: A montagens foram feitas em conjunto com Daniel Luís (nosso colaborador)

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Alfinetes de Morango no Facebook

Vim aqui rapidinho nesse fim de domingo para contar com vocês.

Finalmente resolvi investir na página do Facebook  do  Alfinetes de Morango.

Para que essa página tenha sempre novidades quero ver todo mundo curtindo, na figura abaixo e ou  na barra lateral do blog.












Vem gente!!!


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Para que serve uma marca?

 

Como falei para vocês minha cabeça ainda tá fervendo de tantas coisas que vi nesse ultimo mês, nesta viagem.

Uma coisa que vem me chamado atenção faz tempo é a relação que as brasileiras têm com as marcas, sinto que muita gente acha o máximo e considera sinônimo de se vestir bem, usar marcas da cabeça aos pés. Há controvérsias…

Diferente de outros países que já visitei, as alemãs e austríacas, são bem sossegadas quando o assunto são brands. E, como já tinha estado em Berlim, em 2006, experimentei um novo olhar, mas atento menos deslumbrado que da primeira vez.

Percebo que em muitos lugares (por todo o mundo) existe uma valorização exagerada das marcas. Como se vestir bem, fosse apenas se colocar todas as roupas de Gucci, LV (e etc.) que a pessoas possui.

Mas, também relaciono este fato muitas vezes, a uma necessidade de auto-afirmação. Lembra aqui quando eu disse que as pessoas dos países do Crescente Fértil (leia-se árabes e etc.) tentam mostrar seu “poder” através da ostentação das marcas. Resultado mulheres de Chanel dos pés a cabeça, da bolsa a burca. E, os homens por sua vez de Gucci e Armani, do sapato ao boné. (Sem contar os carros Aston Martin, com o som no último volume, a fim de que todos se certifiquem da sua passagem)

Um exemplo da ostentação foi o que vi no meu vôo de volta ao Brasil. Uma família brasileira esperava para pegar o mesmo vôo que eu. A família inteira no aeroporto de mala LV, até aí… Quando eu digo a família isso inclui as crianças. Sinceramente uma criança de nove anos (aproximadamente) carregando sua mala de mão LV rosa, e uma mini balenciaga rosa também, já é demais para mim. Para mim, criança veste coisa de criança. (Mas isso é assunto de outro post).E, só para completar minha surpresa toda família viajava na classe econômica, #quedizê

Coisa que dificilmente se encontra em Berlim, por exemplo…

As alemãs usam brands como todos, mas com moderação. Quando meu marido fez esse comentário, quase caí para trás. Até ele percebeu…

Pelo que pude perceber as alemãs, usam as marcas com estilo e com parcimônia. Não vou me esquecer de uma menina toda tatuada, com um cabelo todo maluco com os óculos da Prada, aqueles inspirados na Backer.  Um toque de elegância e estilo.

Lembra que para ter estilo, tem que se conhecer e encaixar no seu dia -a-dia peças que combinem com aquilo que você faz e, com seu estilo de vida. Não adianta se vestir de executiva se você vive no ambiente de academia de musculação, e por aí vai…

As marcas deveriam ser consumidas pelo design, pela qualidade, por serem clássicos e não apenas pela necessidade de desfilar peças como se fossem descartáveis. Isso não é consumo consciente, nem inteligente. Usar roupas de marcas, não garante elegância, temos muitos exemplos por aí..Oi Val Malchiori

Enfim, esse post é para a gente refletir porque usamos as marcas. Estilo ou status…???