Como falei para vocês minha cabeça ainda tá fervendo de tantas coisas que vi nesse ultimo mês, nesta viagem.
Uma coisa que vem me chamado atenção faz tempo é a relação que as brasileiras têm com as marcas, sinto que muita gente acha o máximo e considera sinônimo de se vestir bem, usar marcas da cabeça aos pés. Há controvérsias…
Diferente de outros países que já visitei, as alemãs e austríacas, são bem sossegadas quando o assunto são brands. E, como já tinha estado em Berlim, em 2006, experimentei um novo olhar, mas atento menos deslumbrado que da primeira vez.
Percebo que em muitos lugares (por todo o mundo) existe uma valorização exagerada das marcas. Como se vestir bem, fosse apenas se colocar todas as roupas de Gucci, LV (e etc.) que a pessoas possui.
Mas, também relaciono este fato muitas vezes, a uma necessidade de auto-afirmação. Lembra aqui quando eu disse que as pessoas dos países do Crescente Fértil (leia-se árabes e etc.) tentam mostrar seu “poder” através da ostentação das marcas. Resultado mulheres de Chanel dos pés a cabeça, da bolsa a burca. E, os homens por sua vez de Gucci e Armani, do sapato ao boné. (Sem contar os carros Aston Martin, com o som no último volume, a fim de que todos se certifiquem da sua passagem)
Um exemplo da ostentação foi o que vi no meu vôo de volta ao Brasil. Uma família brasileira esperava para pegar o mesmo vôo que eu. A família inteira no aeroporto de mala LV, até aí… Quando eu digo a família isso inclui as crianças. Sinceramente uma criança de nove anos (aproximadamente) carregando sua mala de mão LV rosa, e uma mini balenciaga rosa também, já é demais para mim. Para mim, criança veste coisa de criança. (Mas isso é assunto de outro post).E, só para completar minha surpresa toda família viajava na classe econômica, #quedizê
Coisa que dificilmente se encontra em Berlim, por exemplo…
As alemãs usam brands como todos, mas com moderação. Quando meu marido fez esse comentário, quase caí para trás. Até ele percebeu…
Pelo que pude perceber as alemãs, usam as marcas com estilo e com parcimônia. Não vou me esquecer de uma menina toda tatuada, com um cabelo todo maluco com os óculos da Prada, aqueles inspirados na Backer. Um toque de elegância e estilo.
Lembra que para ter estilo, tem que se conhecer e encaixar no seu dia -a-dia peças que combinem com aquilo que você faz e, com seu estilo de vida. Não adianta se vestir de executiva se você vive no ambiente de academia de musculação, e por aí vai…
As marcas deveriam ser consumidas pelo design, pela qualidade, por serem clássicos e não apenas pela necessidade de desfilar peças como se fossem descartáveis. Isso não é consumo consciente, nem inteligente. Usar roupas de marcas, não garante elegância, temos muitos exemplos por aí..Oi Val Malchiori
Enfim, esse post é para a gente refletir porque usamos as marcas. Estilo ou status…???