A Art Nouveau tem dado seus ares na moda ultimamente, trata-se de um movimento que aconteceu entre 1890-1915, sua estética foi caracterizada por uma decoração extrema, e era evidente na arquitetura, jóias, pintura, escultura, mobiliário, vestuário, mas hoje vamos falar de dança. Uma das características da Art Nouveau, além do caráter decorativo, é a relação das formas da natureza, e uma prioridade ao que era orgânico. Como esse blog fala de moda, mas também tenta pontuar questões destacamos arte e da dança, nesse movimento, como sendo bem semelhantes cheio de formas arredondadas e fluidas.
Um dos ícones da dança desse período foi Loie Fuller que revelou todo seu movimento à dança europeia e ao mundo da arte. Sob o aspecto formal da dança (treinamentos e técnicas) Fuller não teve nenhum treinamento, ela começou sua carreira de dança nos EUA no cenário burlesco e no Vaudeville, dando continuidade em apresentações famoso Folies-Bergère em Paris.
Em relação à moda e a fluidez o figurino que Loie usava também obedecia a essa movimentação natural. Na realidade os tecidos e o figurino compunham a visualidade estética da dança, ou seja, o excesso de tecido servia para apresentar e ampliar a movimentação da coreografia.
Outro item importante na composição na cena, que interferia nas cores do figurino era iluminação, o espectador tinha a sensação de que o figurino mudava de cor de acordo com a movimentação, mas na realidade essa troca era feita por jogos de luzes. A questão da imagem e a visualidade estética para Fuller foi tão importante que ela foi imortalizada em cartazes típicos desse período por Julles Chéret. Mais uma mostra de que a moda e arte andam juntas, a marca John Galliano que o diga.