por Marcéli Paulino – autora da coluna Como Ser uma Mulher Poderosa
As semanas de moda se deram por encerradas e fiz aqui uma breve pausa em nossa coluninha semanal para participar delas, fazendo a cobertura pelo site do jornalista Lula Rodrigues. Sendo assim, nada mais justo que eu compartilhe com vocês um pouquinho de meu ponto de vista sobre o que será tendência no quesito CARTELA DE CORES e ESTAMPAS para o próximo inverno, segundo as tantas passarelas vistas:
O CLÁSSICO PRETO E BRANCO
O P&B mantém presença com o eterno título de ‘combinação básica’, aparecendo no início de diversos desfiles. Na dúvida sobre qual cor ou estampa usar, ou ainda, se você gosta de abusar de texturas mil ou de cores intensas no make, aposte nesta dupla infalível!
ÉTNICO, GEOMETRIA E ART-DÉCO + TONS TERROSOS
Alusões a estampas indígenas, ao art-déco e algumas geometrias entraram forte nas passarelas de inverno 2012, acompanhadas de muitos tons terrosos que são a premissa da estação. Inicialmente, as estampas étnicas eram identificadas apenas como tendências de verão. No entanto, para o inverno, elas parecem permanecer, reproduzindo a mesma leveza do verão (com a diferença de possuir tecidos mais pesados em alguns momentos):
COLORIDO
Para não deixar de lado as demais cores que estão em alta no verão, o vermelho, o amarelo, o abóbora e alguns tons de azul e de verde permanecem em cena. Quem quiser, portanto, pode sair dos eternos neutros de inverno e dar uma bela colorida à produção:
ABSTRATO E PSICODÉLICO
Ainda passeando pelos anos 70, algumas grifes se inspiraram no abstrato e no psicodélico, unindo ambos a muitas texturas, para criar suas estampas para o próximo inverno. A Triton, por exemplo, apostou também na geometria, fazendo, o que me pareceu, uma alusão a vitrais de igreja gótica, com bordados tão bem feitos que mais pareciam pinturas nos tecidos.
Como é possível analisar, não há nada de TÃO novidade assim [nem no quesito ‘cores e estampas’, nem no quesito ‘modelagens’]. Com uma ressalva para o psicodélico, que teve seu espaço mais otimizado desta vez, utilizar os anos 70 para inspiração de coleções já não é novo. O lado bom é que, além de podermos aproveitar por mais tempo nossas peças, a democracia no mundo da moda atinge um nível mais alto a cada vez. Desta forma, fica mais fácil agradar a diversos públicos, tornando o ‘entrar na tendência’ menos temeroso, para aqueles que querem aderir e não sabem como.
MARCÉLI PAULINO
