Quem acompanhou o dia de ontem no SPFW notou que vários estilistas entre eles, Alexandre Herchcovitch, Alberto Hiar, Reinaldo Lourenço, Lino Vilaventura, Roberto e Raquel Davidowicz, João Pimenta, Samuel Cirnansck, Rodolfo Souza, Marcelo Sommer, além de profissionais da moda, realizaram manifesto após o desfile da Cavalera. O objetivo foi apresentar à presidente Dilma reivindicações para o desenvolvimento do setor. Todos vestiam a camiseta com a frase “Presidente Dilma: precisamos falar com você. A moda agradece”.
A questão, entre outras coisas, é que a competitividade da moda brasileira é baixa. Existe uma reclamação do setor por menos impostos e etc..
Eu como consumidora digo e analiso as coisas por outros ângulos.
A moda brasileira é cara, mas será que é só por conta de impostos?
Por uma lado sim, existem muitas taxações que acabam encarecendo o produto final. Até aí, nenhuma novidade.
Mas, por outro lado existe uma outra questão, os consumidores brasileiros não contestam o preço dos produtos. O que acaba por gerar, muitas vezes, um abuso por parte dos empresários que aumentam sua margem de lucro a níveis estratosféricos. (Não estou generalizando, mas de fato acontece)
Se ninguém se manifesta os preços continuam altos e o empresário brasileiro pode chegar a conclusão que “Os brasileiros gostam de pagar caro” (isso, não é uma questão exclusiva da moda)
Impossível baratear preços, com MUITAS empresas vislumbrando uma margem de lucro tão grande. E não entendo, porque não diminuir a margem para se ter concorrência? (#dúvidas)
Acho válido e legítimo que os estilistas brasileiros se unam no intuito de formular uma política econômica que torne a moda brasileira ainda mais competitiva. Mas, como consumidora faço um apelo aos estilistas e empresários de moda:
Vamos ir atrás de nossos direitos, incluindo menos impostos e políticas públicas consistentes para a moda. Porém, vamos tentar não focar apenas no lucro e, sim no casamento feliz entre preço e qualidade. O consumidor brasileiro agradece.
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